ARTIGO
“SOU NOVA CRIATURA: AS COISAS VELHAS PASSARAM”
O versículo que trata do “SER” nova Criatura, está em
(II Co-5:17). O contexto deste versículo trata de uma visão supra-
cultural. É uma visão que transcende a cultura temporal. O que
destacar desta afirmação?
1-O que caracteriza o cultural transcendido? Caracteriza a
visão que o cultural, tem do “ser”. A segunda carta de Paulo, aos
Coríntios, é em geral, uma defesa pessoal de seu ministério, dian-
Te de certas acusações, que falsos mestres levantavam acerca do
Seu ser. Usavam costumes, convenções para diminuir sua auto-
Ridade e legitimidade apostólica diante dos novos crentes. Ou se-
Ja, usavam a cultura local, para minar sua autoridade. A cultura
No seu sentido mais amplo, é uma construção humana, conciente
Ou inconcientemente. Nos dois casos, ela pode representar perigo.
Ela prende, enterra uma maioria, em função de uma minoria pri-
Vilegiada. Historicamente, a cultura, é uma grade invisível. Entre-
Tanto, Paulo, era filósofo, instruído aos pés de Gamaliel, um dos
Maiores sábios da Época. Paulo, tinha tido experiências supra-
Culturais, que trancendiam tanto a cultura comunitária local, co-
Mo a sua própria cultura pessoal, a qual ele mesmo a desclassifi-
Cou diante de sua transcendência . De suas experiências místicas.
Logo, ele não caberia dentro desta grade invisível.
O fato é, que entretanto, o cultural da época de Paulo, tinha
A sua própria visão do ser. Logo, também o cultural de hoje, tem
A sua própria visão do “SER”. Que visão é esta?. Tomando como
Referência, o pensamento de Jean-Paul Sartre, que já é um pensa-
Mento amadurecido neste tocante. A visão diz que o “SER”, tem
Três dimensões:Passado, presente e futuro. Entretanto, dentro da
História da construção desta visão. Dentro desta mesma visão, as
Três dimensões podem ser construídas e reconstruídas. Auteradas
Apartir de um jogo dialético. Neste sentido o discurso afinado, se-
Rá um trator abrindo caminho para o poder. Nos séculos XVII e
XVIII, após a visão Renascentista, surgiu a visão classissista, que
De uma certa maneira predomina até hoje. Nesta visão classista,
Tudo passou a ser classificado, categorizado, discriminado, con-
Forme a sua espécie, seu lugar, seu grau de menor ou maior po-
Der. Do início deste período até hoje, a ferramenta usada para
Construir e para desconstruir, é o dicurso. É o argumento lógico.
Na luta por uma classificação melhor, por uma categoria mais se-
Leta, por um grau maior de poder, as três dimensões do “SER”,
Nesta visão, tem se constituído alvos bem focados, para um verda-
Deiro jogo dialético. Então, com um bom discurso, não vai ser di-
Fício exercer um grau maior de poder nas relações Sociais:cultu-
Rais. O único problema, vai ser a legitimidade, o que é assunto
Para outro tema.
Dentro deste contexto Sócio-cultural, está a vanglória hu-
Mana. Os julgamentos, apartir dos mais variados discursos.
2-O supra-cultural. O que é? É a visão transcendente, su-
perior, libertadora que Deus, tem para aqueles que estão em
Cristo. Libertação do passado: lembranças ruins, máguas, ran-
Cores, traumas, complexos, sentimento de rejeição Etc. Disse
Paulo:”As coisas velhas já passaram”. Agora, tudo isto, só será
Possível, apartir de uma nova história. Uma nova criatura preci-
sa surgir em Cristo. È preciso romper com o passado. Enterrar o
passado. Morrer com o passado e Renascer em Cristo. Então, tu-
do recomeça. Tudo se torna novo em Cristo. E a causa deste e-
feito que rompe com o passado. Que faz renascer. Que transcen-
de o sócio-cultural, é sem dúvida o “PERDÃO DE DEUS”, em
Cristo Jesus. Graça pura.
O que é graça pura? É a grande verdade da fé: A graça
Como meio de apropriação daquilo que Deus tem para nos dar.
Que grande verdade é esta? É o recebimento de tudo que Deus,
Tem para nós, através de um favor imerecido. É um presente de
Amor. Dado incondicionalmente. É fruto do amor de Deus. En-
Tretanto, quando a graça de Deus, não é entendida em sua essên-
Cia, ela pode gerar paranóias. Que paranóias? A paranóia da
Vanglória,(Rm-4:2). Se Abrão foi justificado pelas obras, ele tem
De se vangloriar. Entretanto, ele foi justificado pela fé, e isto lhe
Foi imputado por justiça. Graça pura. Quando Deus abençoa al-
Guêm, ele é abençoado e pronto. Ponto final. Entretanto, ele não
Tem de que se vangloriar. Todo mérito é de Deus, glórias a ele, e
Pronto também. Quando alguém quer ter o mérito de tal bênção,
Encontrarás resistência, o que pode levar o surgimento da para-
Nóia da “VANGLÓRIA”. Pode gerar também a paranóia da fal-
Sificação da verdade(Gl-5:1-4). A Igreja de Gálatas começou com
A verdade. Depois mudou. A graça não era suficiente. Queriam
Também que a moral fizesse parte de sua justificação. Geralmen-
Te quando descobrimos a graça de Deus, e começamos a usufluir
Dela, damos a glória a Deus. Depois de algum tempo, começamos
A reivindicar mérito, moral por tal bênção. Isto nos levará a fal-
Sificação da verdade. Paranóia da “FALSIFICAÇÃO DA VER-
DADE”. Paulo diz neste texto:”Aqueles que querem se justificar,
Pela lei, pela moral, caído estão da graça(v-4).
Então, de que eu posso me apropriar pela graça? Em pri-
Meiro lugar, da salvação em Cristo. Perdão dos pecados e justifi-
Cação gratuitamente. Segundo, cura física. A bíblia diz que nós
Fomos curados no calvário. Todas as enfermidades foram leva-
Das na cruz. Isto é bíblico, no contexto do velho e do novo testa-
Mento. Entretanto, existe casos isolados na bíblia que Deus não
Curou, para mostrar sua soberania. Seu poder. Uma certa vez, o
Apostolo Paulo, estava acometido com um espinho na carne. Não
Estou dizendo o que era o espinho. Estou dizendo que era físico.E-
Le orou três vezes ao senhor pedindo que afastasse aquele espi-
Nho. E a resposta divina, foi a seguinte, a minha graça te basta. A
Doença, o espinho, não iria ser motivo de ausência de vitória. A
Graça bastava. Jesus, cura e continuará curando, enquanto a por-
Ta da graça estiver aberta. Em terceiro lugar, também podemos
Nos apropriar pela graça de Deus, da prosperidade. Teologia da
Prosperidade é uma farça. Por que? Porque ela ensina que todos
Que aceitarem a Jesus, serão ricos, o que não é verdade. A bíblia
Coloca a riqueza como um “DOM”. O próprio Jesus disse:” sem-
Pre tereis os pobres entre vós”. Se você tiver o dom da riqueza, to-
Me posse você será rico e pronto, pela graça. Entretanto, a pros-
Peridade é para todos. Uma vida melhor. Vitoriosa. Farta. Se vo-
Cê, encontrar crente passando fome, ou é desobediência, ou é por-
Que ele está sendo vítima de dominação social. Alienado dos seus
Direitos da graça. Depois da reforma protestante, os católicos, po-
Líticamente, construíram um discurso, e jogaram no Social. Eles
Diziam assim”Os protestantes são os deserdados da Sociedade”.
Esta dialética intuía colocar uma pecha nos filhos da graça. Dizer
Para a Sociedade, que os protestantes não tinham direito a “SER”
Nem tinham direito a “TER”. hoje, os protestantes, que passou a
Se chamar Evangélicos, é o povo Rico do mundo. Historicamente,
A riqueza que estava na mão dos católicos, passou para a mão dos
Filhos da graça. Deserdados dos poderes terrenos, herdeiros do
Dono dos poderes. O Reino de Deus. O Rei dos Reis, toma da mão
De uns, e passa a mão de quem ele quer, por amor.
Então, a visão supra-cultural é transcendente, superior, po-
Derosa, pois nos faz através da graça de Deus, nos apropriar da
Salvação em Cristo, da cura física e da prosperidade:uma vida
Melhor.
3-Transcendência X Cultural- A cultura pode ser tranfor-
mada, em uma das maiores artimanha da humanidade. Ela pode
ser uma grade invisível. Um ambiente gradeado. Um criatório. U-
ma ferramenta de dominação. Ela prende literalmente. Daí, já a-
qui neste texto, com o seu contexto, o conflito da visão transcen-
dente com a visão cultural. Ideológica. E já, aqui também, Paulo,
está com seu discurso teológico afinado, auxiliado pelo espírito
santo. Então, a visão da transcendência, é libertadora, restaura-
Dora. E a meta é uma libertação total: Espiritual, política e Social.
4- Desafios que ficam diante deste conflito- Quando o dis-
curso católico-medieval, pechou os protestantes, como uma cate-
goria deserdada socialmente, Igreja de Crente, era coisa de fave-
lado. De marginalizado. De pobre. De excluído. Entretanto, este
discurso, foi vencido pelo o discurso da graça, e as Igrejas hoje,
passaram de populachos para Instituições sociais. As Igrejas, E-
vangélicas são bem vindas em todas as comunidades. Tanto po-
bres como as mais seletas da Sociedade. E ai, quanto mais as Igre-
jas crescem, enriquecem e ficam famosas, mais acerrado fica o
conflito da visão transcendente com a visão cultural. Daí existe
grandes desafios, no tocante a este conflito:
Somente assumir o bom partido Evangélico.
Deus, tem para nós: Salvação, Cura física e Prosperidade.
Ça: Paranóia da vanglória, Paranóia da falsificação da verdade.
Propriar pela graça de uma língua afiada, para transcender real-
Mente neste conflito, TRANSCENDÊNCIA X CULTURAL.
Roberto. Para aquele que
Nos faz trancender, a glória.