quarta-feira, 23 de março de 2011

ARTIGO:IGREJAS ONTOLÓGICAS

 
REFLEXÃO

IGREJAS ONTOLÓGICAS”

Igrejas Ontológicas. De onde vem isto?. O que é isto?. Vou

Explicar melhor. De antemão, gostaria de dizer que estas são, e

Estão se tornando cada vez mais poderosas materialmente e estru-

Turadamente. E o segredo destas Igrejas, está em uma visão onto-

Lógica de “SER”. De “EXISTIR”.

Primeiramente, é importante saber que toda época tem sua

Idéia predominante, e que observando a história da teologia, per-

Cebemos que ela é sempre arrastada pela “IDEOLOGIA”. A teo-

Logia, anda na cacunda da filosofia predominante. O que é que eu

Quero afirmar com isto?. A compreensão desta análise, requer to-

Mar como referência, o pensamento do século XVI. A base do co-

Nhecimento, do saber, estava no divino, no profundo e no da se-

Melhança, do adequamento ao poder. Metafísico X Antropológi-

Co. Deus e o Diabo. Entretanto, no início do século XIX, houve u-

Ma ruptura, abrindo caminho para novas possibilidades no tocan-

Te ao pensamento. Marx, Freud e Netzsche, são os pensadores,

Referenciais deste século; e que vão influenciar enormemente, o

Pensamento do século XX, e até nossos dias. Antes da ruptura, o
Homem buscava interpretar o mundo. Depois dela, ele busca in-

Terpretar a si mesmo. A essência do pensamento é a incompletude

Da interpretação. Há infinitas interpretações. Tudo, dar entender,

Que estar em suspense. Há uma crise paradigmática. Ou seja, um

Determinado modo de pensar, de agir, capaz de explicar os dados

Fundamentais desse momento e de permitir prospecções para o

Futuro, estaguinou. Podemos dizer, que aqui entra o chamado

Momento Pós-Moderno. Ninguém na verdade sabe para onde está

Indo historicamente. O momento é de infinitas interpretações da

Realidade, tomando como base uma grande decepção com o para-

Digma moderno. Paradigma este que gerou desigualdade, o nasci-

Mento do proletariado, lutas de classes e muita dominação Social.

O que tudo isto tem haver com o título:”IGREJAS ONTO-

LÓGICAS”?. Tomando como referência a falsa promeça da Bur-

Guesia, outrora na idade média classificados como Galegos, ven-

Dedores ambulantes, de igualdade, liberdade, tendo como adivo-

Gado o Iluminismo, e o fracasso do método racional, eu diria que

O filósofo que mais influenciou o século XX, e influencia até os

Nossos dias se chama Netzsche. E em especial a sua visão Ontoló-

Gica de “SER”. De EXISTIR. Ele foi o maior articulador, na

Constituição do pensamento filosófico do Existencialismo. Este

Pensamento representa uma reação, e ao mesmo tempo uma críti-

Tica, ao racionalismo e ao otimismo imanentista do idealismo a-

Bsoluto. É o grito do pensador desenludido e amargurado com o

Pensamento filosófico do passado. Com a fuga da realidade. O es-

Capismo. No existencialismo, de Netzsche, ele é Ontológico. Ele

Pretende existir em si mesmo. Para tanto, sua cria ideológica é o

Super-Homem. Um homem superior, que independe do passado,

E do próprio Deus. O seu existencialismo parece desconsiderar

Qualquer fundamento. Ele é contra a todo tipo de razão lógica.

Esta visão Ontológica de SER e de EXISTIR, é a base do pensa-

Mento Pós-Moderno. Há uma realidade criada ideologicamente,

Que rompe com o passado, e que aceita, se alia a tudo quanto le-

Gitima a visão Ontológica de “SER”. Entretanto, despreza qual-

Quer coisa que condicione este EXISTIR.Este é o pensamento for-

Mado nas Universidades e nos grandes Centros Urbanos, que de-

Pois desce para periferia. Daí Instituições, que se fundamenta-

Rem nesta característica, que é Pós-Moderna, Liberal, terá gran-

De aceitação. Inclusive na área Eclesiástica.

Diz Frederico Nietzsche no seu Livro, O Anticristo: Ter de

Ser, é o que importa independentemente do fato de ser, da sua re-

Alidade histórica. O seu status conceitual, aliás, baseia-se justa-

Mente na inrealidade. A nossa teologia, tem pegado carona nesta

Idéia: Ter de “SER” independentemente do fato de ser. Da reali-

Dade histórica. Ou seja, Igrejas tem se levantado em poucos anos,

Tomando posições, que pela lógica, só poderiam ter as Igrejas his-

Tóricas. Se colocam como as mais elitizadas. Alugam um prédio,

Em um lugar referendado e pronto. Outras se colocam, como es-

Colhidas por Deus, para serem potências. Como a que tem mais

Autoridade sobre o inferno. E por ai vai. A visão é Ontológica. É

Existir em si mesmo. É ser independentemente do fato de ser, in-

Dependente de uma realidade histórica.

Como se dar o processo existencial destas Igrejas?. Como,

O fundamento político, é a decepção com o tradicional, com o pas-

Sado, cabe aqui a dialética de poder, de, Bertrand Russell. É o

Chamado “PODER NÚ”. Este poder sempre se levanta, se ergue,

Quando o poder tradicional enfraquece, decai. É um tipo de po-

Der, que não depende do consentimento do povo. É o poder do

Carniceiro sobre o rebanho. O processo se dar assim. Começa

com a introdução de uma crença fanática. Milagres, visões e so-

nhos supra-culturais, transcendentes, sobrenaturais. Com es-

ta crença o povo é conquistado. A segunda fase, é a do assenti-

mento geral, ao novo poder, que se torna rapidamente tradicional,

e finalmente aquela fase que o poder, passa a ser usado contra to-

dos que rejeitarem a tradição. Geralmente, este poder é profunda-

mente marketeiro.

Querido Leitor, com este texto, não tenho a pretensão, de

Conceituar o certo e o errado. Apenas estou analisando, histórica-

Mente esta visão Ontológica de “SER”. É uma síntese. É uma

Idéia de Pesquisa. Que ele seja bênção em tua vida.

Roberto Mota, Servo de Jesus Cristo.




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