quinta-feira, 20 de novembro de 2014

"A ARTIMANHA DA CULTURA".

      

Pensando um pouco sobre o sujeito integrado de Adorno, percebemos que este é passivo numa relação mais objetiva; Ou seja, numa relação com o “sistema”, com o meio cultural. O padrão o condiciona, o coisifica. Ele é inevitavelmente influenciado pelo meio; Ele valora condicionalmente, os valores que o grupo defende. Vendo isto por uma relação sujeito-objeto, na perspectiva de Sartre, que ver nesta relação uma necessidade, tendo em vista, que o ser, não é nada sem o outro; Nesta relação, entretanto,  sujeito e objeto se revezam; Ou seja, existe a possibilidade do rompimento com o condicionamento cultural. Aquele de um sujeito ativo fixo sobre um objeto passivo. Nesta relação, o cultural como artimanha pode sucumbir, diante da necessidade de não se ser sem o outro. Mais num mundo, pós-moderno, onde a centralidade da subjetividade, do eu, impera; Como disse o próprio Hegel; A consciência não é suficiente, para tal rompimento; É preciso autoconsciência. É preciso saber o porque do nosso pensar, do nosso comportar-se, do nosso agir.